terça-feira, 8 de maio de 2012

Resenha - Dexter, a mão esquerda de Deus


Sinopse: Dexter Morgan é um educado lobo vestido em pele de ovelha. Ele é atraente e charmoso, mas algo em seu passado fez com que se transformasse numa pessoa diferente. Dexter é um serial killer. Na verdade, é um assassino incomum que extermina apenas aqueles que merecem. Ao mesmo tempo, trabalha como perito da polícia de Miami... Em Dexter, a Mão Esquerda de Deus, o livro que deu origem à aclamada série de TV, o adorável matador depara-se com um concorrente de estilo semelhante ao seu, encanta-se e incomoda-se com ele, prevê seus passos... A escrita requintada de Jeff Lindsay nos faz mergulhar na mente de um dos personagens mais ambíguos da história da literatura de suspense. Nunca o macabro foi tratado com tanto refinamento e leveza. Dexter Morgan é uma obra-prima.


Demorei muito para terminar de ler esse livro porque esse não é um livro comum. Geralmente, leio meus livros enquanto assisto TV, cuido da minha filha e cozinho, tudo ao mesmo tempo! Mas “Dexter” não é um livro com o qual se possa fazer isso. Ele exige dedicação, exige que você pare tudo o que está fazendo, que silencie e “mergulhe”. Aí, foi difícil encontrar tanto tempo livre para dedicar-me à ele. Mas valeu a pena. Cada minuto. Cada página.
Decidi ler esse livro tão logo descobri que foi ele quem inspirou a série de TV, pois sempre o livro é melhor que suas adaptações para a televisão ou cinema e imaginei que se a série já era ótima, que ele seria esplêndido e devo dizer que não me decepcionei nem um pouco. Ao contrário, me surpreendi. O livro é ainda melhor do que eu esperava. Apesar de começar de forma bem semelhante à primeira temporada da série, mais ou menos na metade, ele assume rumos totalmente diferentes e na minha opinião, melhores.
Dexter Morgan é, sem dúvida, meu personagem favorito de todos os tempos! Impossível não rir e por vezes até concordar com suas “teorias” sobre a vida...

“Qualquer pessoa pode ser atraente, se não se incomoda em fingir e dizer todas as coisas idiotas, óbvias e nauseantes que a consciência impede que a maioria diga. Felizmente, eu não tenho consciência. Por isso, digo tudo.”
Página 35

“Aquilo era mais um claro exemplo da desintegração da sociedade que tanto preocupava Harry. Francamente: se você não consegue entregar meu jornal na hora, como vai esperar que eu consiga não matar pessoas?”
Página 164

“Eu tinha acertado muito, várias vezes. Poderia virar um problema. Mas o que fazer? Passar um tempo sendo idiota? Não sabia de que jeito, mesmo depois de tantos anos observando atentamente.”
Página 174

“Ainda não estava completamente doido. Claro que eu era profundamente anti-social e de vez em quando, homicida, está legal. Mas não doido.”
Página 253

“Olhei-o. Meu irmão. Aquela palavra estranha. Se eu a pronunciasse alto, tenho certeza de que gaguejaria. Era impossível acreditar e mais absurdo ainda negar. Ele me olhou. Gostávamos das mesmas coisas. Ele gostava até de piadas infames como eu.”
Página 259

Ah, e é claro, também adoro a desbocada Deborah, que no livro é bem menos feminina e frágil, o que me fez gostar ainda mais dela. Já a detetive LaGuerta é ainda mais detestável, burra e manipuladora. Angel é mais “apagado” que na TV. Adorei o destino que o livro deu ao Brian, também diferente do apresentado na TV. Vale muito a pena, recomendo a quem é fã da série televisiva e para quem não é fã também!

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